A aviação agrícola desempenha um papel fundamental no Brasil, sendo uma ferramenta indispensável para a agricultura moderna do país.
Iniciou-se no país em 1947, devido ao ataque de uma praga de gafanhotos na região de Pelotas, Rio Grande do Sul, onde foi realizado o primeiro voo agrícola no dia 19 de agosto, com a Aeronave Muniz.
Hoje, é a segunda maior frota de aviões do mundo e contribui incansavelmente com a proteção das lavouras, com a semeadura, com o combate aos incêndios e com o povoamento de rios e lagos.
A sua importância se reflete em diversos aspectos
1 – Aumento da produtividade
A aviação agrícola permite a aplicação rápida e eficiente de defensivos agrícolas, fertilizantes e sementes, cobrindo grandes áreas em um curto período. Isso resulta em uma maior produtividade das lavouras, essencial para sustentar a agricultura em larga escala no Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo.
2 – Precisão na aplicação
As tecnologias de pulverização utilizadas permitem uma aplicação uniforme e controlada dos produtos. Isso evita a sobreposição e a subaplicação, garantindo que cada área receba a quantidade adequada de insumos, o que é essencial para a eficiência e segurança ambiental.
Os sistemas são projetados para minimizar o escorrimento e a deriva de produtos químicos. A aplicação precisa e direcionada reduz a possibilidade de que os insumos sejam levados pelo vento ou pela água para áreas não alvo, como rios, lagos e áreas habitadas.
3 – Redução de custos
O uso de aeronaves para a aplicação de defensivos e fertilizantes pode ser mais econômico do que métodos tradicionais, como a aplicação terrestre, especialmente em grandes propriedades rurais. A aviação agrícola reduz o tempo de aplicação e o consumo de combustíveis, otimizando os custos operacionais.
A aplicação aérea evita a compactação do solo, um problema comum com a aplicação terrestre.
A compactação pode levar à necessidade de técnicas adicionais de manejo do solo para restaurar sua saúde. Ela pode reduzir a capacidade do solo de absorver água e nutrientes, afetando negativamente a saúde das plantas e o ecossistema local, e essa recuperação pode ter um alto valor.
A utilização de aeronaves ajuda a manter a integridade do solo, economizando custos a longo prazo.
De acordo com um estudo da Purdue University (EUA), as aplicações terrestres danificam aproximadamente de 1,5% a 5% das plantações de soja.
4 – Acessibilidade a áreas remotas
Em regiões de difícil acesso, como áreas montanhosas ou pantanosas, a aviação agrícola é muitas vezes a única opção viável para a aplicação de insumos agrícolas. Isso garante que todas as áreas cultiváveis possam ser tratadas adequadamente, independentemente das condições do terreno.
5 – Contribuição para a sustentabilidade
A aviação agrícola contribui para práticas mais sustentáveis ao possibilitar a aplicação de insumos de forma precisa e controlada, minimizando o impacto ambiental. A utilização de tecnologias avançadas, como o mapeamento georreferenciado, ajuda a evitar a aplicação excessiva de produtos químicos, protegendo o meio ambiente.
A aplicação aérea é menos invasiva para a fauna e a flora locais, pois não requer o trânsito de veículos pesados através das áreas de cultivo. Isso ajuda a preservar a biodiversidade e a integridade dos ecossistemas.
6 – Controle de Pragas e Doenças
A rápida intervenção em surtos de pragas e doenças é vital para a proteção das lavouras. A aviação agrícola permite uma resposta imediata e eficaz, ajudando a controlar infestações e prevenir a disseminação de pragas e doenças que podem devastar plantações inteiras.
7 – Combate a incêndios
Desde 1969, o combate a incêndios em campos e florestas é uma das prerrogativas legais da aviação agrícola no Brasil. Só em 2019, empresas aeroagrícolas realizaram mais de 1,8 mil lançamentos de água contra chamas em diversos Estados – inclusive na Floresta Amazônica. Entre as principais vantagens da terceirização, estão a economia para os cofres públicos e a segurança do pessoal envolvido nas operações.
Para formar um piloto de combate a incêndios, o Estado ou a União precisam que o profissional chegue a pelo menos 370 horas de voo para poder pilotar um avião agrícola com motor a pistão (de porte menor).
Congresso da Aviação Agrícola do Brasil 2024
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Data: 20 a 22 de agosto de 2024.
Local: Aeroporto Executivo de Santo Antônio do Leverger, em Santo Antônio do Leverger / Mato Grosso, nas instalações da NextDream.
Fonte: https://congressoavag.org.br
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